Tanto a infância, nas rodas de samba com o primo, quanto esse dia marcaram o paulistano. Ouvi-lo falar sobre o passado ajuda a entender a postura que ele carrega, de desejo de aprender e reverência. Emo cantor presenteou-o com um curso. Com o primeiro cavaquinho que fez, retribuiu o gesto: deu ao amigo que, na sequência, encomendou-lhe outro. É ali que fica a recém-inaugurada Casa 27, projeto do grupo que ajudou a fundar, o Pagode da 27, cuja história acompanha sua vida. Das rodas de samba com o primo, entrou aos 19 anos para o grupo Procedimento.

A literatura uma arte triunfal. Entrevista a Lídia Jorge
Rafael foi um dos que passou diversas vezes pela sala do terapeuta Lula Wanderley, que comanda o espaço no Engenho de Dentro, na zona norte da cidade. Afinal, disse ela, se soubesse que aquilo demoraria, teria solucionado questões domésticas em vez de perecer horas ali, longe de casa. Os dois resolveram se instalar de vez dentro do consultório sem maçaneta para aguardar Wanderley. Eram esses os objetos que o acalmaram no surto, disse. Se fosse psicólogo, era assim que escolheria tratar seus pacientes.

Algo novo pra um grande recomeço
Corporação A literatura, uma arte triunfal. Uma parte de nós é filha do tempo, a outra cria um tempo próprio. Como autora, situo-me entre os escritores europeus que têm construído a sua narrativa em torno do final dos impérios. Podemos dizer que aquele dia inaugurou uma sociedade nova, mas também um tempo novo na literatura portuguesa. Margara: E no seu conto particular como se situa, enquanto observadora ativa e como escritora que tem dado conta dessa mudança? Lídia Jorge: Enquanto escritora sinto-me uma construtora da vida marginal, ou mais propriamente uma espécie de testemunha do tempo que passa. Em situações desse tipo, as questões ontológicas colocam-se com grande contundência. Faço parte do grupo dos escritores que tornaram essa mudança social e histórica literariamente visível, mas a partir do palco interior das personagens, a partir de um olhar individual transfigurado. Margara: No entanto, regista inflexões.
'Tá aprendendo não senta na roda'
Restante aplicação próprio. Restante história. Em um universo interesseiro, onde cada um único pensa em si, o compartir é cada dia restante raro. E falar. A viver é curta e bem-querer é um presente.
O acidente
Aquela incongruência ligou um atentamente determinador em Nadine. A correio Natalício idade sempre uma animação no Brasil. Janeiro quente, fevereiro, folia. Lilibeth estava impossível: fora coroada madrinha do Baile no Municipal. Em fins de maiozinho, Paris chamava. Lilibeth, depois de uma temporada de claridade e sucesso no Brasil, cá voltava a sentir lacuna da amiga parisiense. No Aeroporto, Lilibeth beijou o pai e o titio, abraçou os dois longamente. E descobriu a correio de Nadine. Bem quanto das agências de serviço.